sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

''Este é um setor fundamental''

 
 
Na entrega das insígnias FIFA, o Presidente da FPF, Fernando Gomes, considerou que este foi um dia muito importante para a arbitragem portuguesa.
O Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, abriu a cerimónia de entrega das insígnias FIFA 2013 aos 29 árbitros internacionais.

Eis o discurso do Presidente da FPF:

“Este é um dia muito importante para a arbitragem portuguesa.


Ao longo dos últimos anos, temos assistido a uma evolução significativa deste sector, como se pode constatar pelo aumento de árbitros internacionais, bem como por alguns marcos históricos individuais.


A arbitragem é um sector fundamental do futebol nacional, pelo compromisso que tem com a justiça e a verdade desportiva. Como tal, tudo temos vindo a fazer e vamos continuar a fazer para garantir as melhores condições possíveis ao desenvolvimento da arbitragem nacional.


A credibilização da arbitragem e da justiça desportiva foram pontos centrais do programa que apresentámos para liderar a Federação Portuguesa de Futebol.


Propusemo-nos também a desenvolver um trabalho profundo de captação e formação de novos valores, no sentido de garantir uma nova geração de árbitros de qualidade no espaço de uma década.


Esse caminho está a ser percorrido. É um caminho onde se encaixa também a profissionalização dos árbitros da primeira categoria nacional, realidade para a qual a FPF tem vindo a contribuir nos grupos de trabalho entretanto criados e nas reuniões em que tem participado.


O ano de 2012 foi um ano inesquecível para a arbitragem portuguesa, com Pedro Proença e a restante equipa de arbitragem nacional - Bertino Miranda e Ricardo Santos como assistentes e Jorge Sousa e Duarte Gomes como árbitros auxiliares adicionais - a serem nomeados para apitar a final do Campeonato da Europa 2012, disputado na Polónia e Ucrânia, já depois de terem sido igualmente escolhidos para a final da Liga dos Campeões, disputada em Munique.
Uma palavra de apreço igualmente para o Eduardo Coelho, que representou muito bem a arbitragem lusa no Europeu e Mundial disputados em 2012, na Croácia e na Tailândia.


Se 2012 ficará para sempre na memória da arbitragem nacional, este ano de 2013 começa da melhor forma, com a obtenção de um máximo histórico em termos de insígnias internacionais.


As 29 insígnias atribuídas pela FIFA e que hoje são entregues assinalam mais um marco para a arbitragem portuguesa e são a prova de que o trabalho que está a ser desenvolvido é o mais adequado, mas não pode ser visto como um fim, antes como um percurso, onde é sempre possível melhorar.


Para além da face mais visível, que diz respeito ao futebol masculino, não podemos deixar de realçar o aumento das insígnias no futebol feminino, onde pela primeira vez vai ser possível um jogo internacional ser arbitrado por uma equipa completamente portuguesa, dado que até à data apenas três árbitras principais eram internacionais.


Como acontece todos os anos, 2013 não fugirá à regra, e será repleto de desafios e obstáculos para todos nós que trabalhamos em prol do futebol, incluindo para a arbitragem, mas estamos convictos de que esta não deixará de consolidará o trabalho que tem vindo a desenvolver.


De olhos no futuro, reitero a disponibilidade da Federação Portuguesa de Futebol para admitir o reforço do recurso às tecnologias no sentido de ajudar os árbitros a desempenharem a sua indispensável função cada vez melhor.


Estamos pois atentos às primeiras experiências que a FIFA autorizou nesse campo onde podemos ser parceiros activos nos necessários estudos regulamentares e financeiros que se seguirão, porque a introdução de novas tecnologias na arbitragem não pode por em risco a fluidez e a essência do jogo que continua a apaixonar tantos milhões em todo o mundo.


Aproveito esta oportunidade para elogiar e incentivar o Conselho de Arbitragem, aqui presente, e na pessoa do seu Presidente, Vitor Pereira, a continuar a fazer o seu trabalho, tantas vezes incompreendido.


Apesar de ser um órgão completamente independente da Direção da FPF, cabe-nos proporcionar-vos as melhores condições possíveis para que exerçam as vossas funções de forma livre, isenta e rigorosa.


Vamos manter o nosso compromisso de contribuir para o desenvolvimento da arbitragem nacional, estando totalmente disponíveis para vos ajudar na obtenção dos objetivos a que se propuseram.


Tal como a Direção, o Conselho de Arbitragem é um órgão coletivo, pelo que é preciso diálogo permanente e espírito de equipa para encontrar as soluções adequadas em todos os momentos.


Por último, não posso deixar de dar uma palavra muito especial aos árbitros aqui presentes.


Começo pelos que hoje recebem pela primeira vez a insígnia que marca a chegada ao nível internacional. Ao Hugo Miguel, ao Marco Ferreira, ao Cristóvão Moniz, ao António Almeida, ao José Gomes, à Maria João Freire e à Olga Almeida dou os mais sinceros parabéns. O vosso esforço, a vossa entrega, a vossa paixão pelo jogo e pela arbitragem dão-vos hoje um momento do qual se devem justamente orgulhar.


Que o vosso sucesso inspire muitos outros a abraçar uma carreira na arbitragem.
A vocês e a todos os outros, desde os mais jovens aos mais experientes, desejo a melhor sorte. Porque estamos a falar de Desporto e, no Desporto, sem prejuízo do muito treino e do talento que sei que todos têm, a sorte muitas vezes tem o seu papel.


E a sorte dá muito trabalho…


Continuem a trabalhar como até aqui. Dediquem-se de corpo e alma a esta actividade tantas vezes incompreendida mas absolutamente essencial para o desenvolvimento do Futebol.


Continuem a demonstrar que também na arbitragem, estamos ao nível dos melhores do mundo e por isso merecemos a confiança dos organismos internacionais.

 Bem hajam”

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